Reunião ministerial para afinar o discurso e aparar arestas do governo Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, no Palácio do Planalto. Foto: José Cruz (Agência Brasil)

Pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu, na sexta-feira, todos os 37 ministros, em Brasília, para afinar o discurso, aparar arestas e definir as principais medidas para os 100 dias de governo.

Na primeira semana, alguns ministros andaram falando demais e causaram alvoroço, especialmente no mercado financeiro. Ministro da Previdência, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, causou embaraço para o governo petista ao propôs a revogação da “antirreforma” como ele classificou as regras aprovadas no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL).

Só que ele não tinha combinado com Lula ou com algum dos integrantes de peso do Palácio do Planalto. Resultado: acabou desautorizado. Na sexta, o recado foi claro: anúncios só com aval do presidente.

O governo ainda deparou com outra saia justa na primeira semana. Indicada pelo União Brasil, a ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, teria recebido apoio de famílias de milicianos no Rio de Janeiro para sua eleição a deputada federal. O assunto ganhou as redes sociais e rendeu um desgaste. A situação fica, ainda, mais delicada pelo fato de o PT sempre condenar a relação de Bolsonaro e de seus filhos com milicianos. Por ora, o governo teria avaliado que não há nada que desabone a conduta da ministra. Pelo menos, por enquanto!

Na reunião com seu grandioso ministério, o presidente afirmou que também tem compromisso de ser honesto com o povo brasileiro e deu um aviso: “Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E, se cometer algo grave, a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”.

O passado recente dos governos petistas com desvios de recursos colocam o terceiro mandato de Lula no olho do furacão. Cobrança e fiscalização serão constantes!

*com informações da Agência Brasil